Namespace
Incrivelmente, o Kubernetes suporta vários clusters virtuais dentro de um mesmo cluster físico. Esses clusters virtuais são chamados de namespaces. Sim, eu sei... isso é maravilhoso.
As informações dessa sessão, quase que completamente, foi baseada na documentação oficial. Como sempre, recomendamos que você leia sempre a documentação oficial. No caso de namespaces, comece em: https://kubernetes.io/docs/concepts/overview/working-with-objects/namespaces/
Os namespaces são destinados ao uso em ambientes com muitos usuários espalhados por várias equipes ou projetos. É uma ótima forma de dividir os espaços de trabalho.
Comece a usar namespaces quando precisar dos recursos que eles fornecem. Namespaces fornecem um escopo para nomes. Os nomes dos recursos precisam ser exclusivos em um namespace, mas não nos namespaces.
Outro ponto importantíssimo: Namespaces são uma maneira de dividir recursos de cluster entre vários usuários (por meio de cota de recursos).
Segundo a recomedação do documentação do Kubernetes, não é necessário usar vários namespaces apenas para separar recursos ligeiramente diferentes, como versões diferentes do mesmo software: use rótulos para distinguir recursos dentro do mesmo namespace.
Listar os namespaces existentes
Para listar os namespaces existentes é muito fácil, basta executar:
Isso irá lhe retornar algo parecido com isso:
Por padrão, todo Kubernetes inicialmente possui os namespaces defaul, kube-public e kube-system. Sendo:
default: O namespace padrão para objetos - ele é criado inicialmente quando você implanta um Kubernetes. Se você não criar outro ou alterar, ficarão nele os seus deploys, aplicações, etc..
kube-system: É o namespace que aloca os objetos do próprio sistema.
kube-public: Este namespace é criado automaticamente e legível por todos os usuários (incluindo aqueles não autenticados). Esse namespace é reservado principalmente para o uso do cluster, no caso de alguns recursos serem visíveis e legíveis publicamente em todo o cluster. O aspecto público desse namespace é apenas uma convenção, não um requisito.
Criar um novo namespace
É muito simples criar um novo namespace. Basicamente, você precisa apenas o kubectl configurado e apontando para o seu cluster Kubernetes. Para criar, execute o seguinte comando (altere o parâmetro <NOME> de acordo com o nome que você quer dar para o namespace):
Listando novamente, você deve conseguir ver o novo namespace. Lembrando que, para listar os namespaces é:
Como usar o novo namespace
Você tem duas opções para utilizar o novo namespace:
OPÇÃO 1: Utilizar o namespace como parâmetro em cada chamada do kubectl; OU
OPÇÃO 2: Alterar a configuração de contexto do kubectl
Vamos avaliar os dois modos...
OPÇÃO 1: Indicando o namespace por meio de parâmetro
Quando passamos o namespace como parâmetro do comando kubectl estamos indicando ao kubectl a executar a determinada tarefa naquele determinado namespace. Exemplos:
O ponto positivo é que você pode indicar o namespace que deseja executar determinada ação/admintração. O ponto negativo, é justamente você esquecer de passar o namespace... Neste sentido, se você esquecer de passar o namespace como parâmetro, a ação será executada no namespace default... naturalmente.
OPÇÃO 2: Alterando o contexto
A outra forma de você aplicar a ação / administrar o namespace é alterando a configuração de contexto do kubectl.
Para fazer tal configuração, faça assim:
No exemplo acima, novamente, utilizamos o nome do contexto como sendo "exemplo-1". Claro que você deverá alterar isso conforme a sua real necessidade.
Para você ver qual é o contexto de namespace que o seu kubectl está configurado, execute:
O comando acima irá retornar para você a configuração corrente de namespace. Se não aparecer nada, indica que você está usando o namespace default.
O ponto positivo é justamente não ter que ficar passando o namespace como parâmetro a todo momento; mas, o ponto negativo é você esquecer em que namespace está trabalhando. Dessa forma, recomendamos que você sempre verifique seu namespace atual.
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